Histórias reais da #ALDEIA, que eu não sei que tipo de
sentimento despertam na minha pessoa.
Conversando com uma funcionária, que descobri ser origem
indígena, ela perguntou se eu já "tinha menino". Respondi que AINDA
não. Em tom de brincadeira me ofereceu metade dos seus 9. SIM, NOVE. Ela não
aparenta ser nem índia, nem ter NOVE filhos.
Intrigada descobri: o mais velho tem 19, ela tem menos de 35
anos, vender QUALQUER contraceptivo para índios é proibido (e camisinha, como
se previr das DST???), laqueadura de trompas nem pensar, cesárias só em caso de
risco de morte para mãe ou bebê.
Nem vou tecer comentários sobre como as mulheres são
obrigadas a “sofrer” para uma possível “repovoação” do Brasil. Pode-se ter
internet, mas nem pensar em preservar uma mulher...
Mara tentou mudar de endereço para fazer a laqueadura em
várias gestações. Só que no seu cadastro do SUS sua etnia é indígena e não
conseguia a autorização. No NONO filho ela chegou para o Cacique e disse que se
ele não conseguisse junto a FUNAI a autorização ele começaria a criar os filhos
dela. Esse, alegando que ela sofre de varizes conseguiu driblar a lei.
Perguntei quanto era que a verba que a FUNAI dava por cada
criança nascida. Ela disse que recebeu
de R$700 a R$2.000,00, variando de acordo com o salário. Indaguei se o cacique
ficava com uma comissão dessa verba. Ela respondeu que não, mas que muitas na
aldeia parem só pelo dinheiro.
NUNCA imaginei que o controle a uma etnia pudesse ocorrer
dessa forma no país. De qualquer forma, as coisas já parecem melhores, depois
da Mara, outras mulheres já conseguiram ligar as trompas, já há preservativos
no posto de saúde da tribo.
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